As interações entre as plantas em um canteiro são elementos importantes a serem considerados ao planejar e projetar um jardim por isso deve-se ter atenção a alelopatia. É fundamental entender como as plantas interagem umas com as outras em termos de compartilhamento de recursos, competição e cooperação.
As plantas compartilham recursos vitais, como luz solar, água, nutrientes e espaço. Algumas plantas podem crescer mais rápido, criar sombra ou consumir mais nutrientes, o que pode afetar outras plantas próximas. É importante entender as necessidades específicas de cada planta em relação aos recursos e como elas podem interagir umas com as outras.
Por outro lado, algumas plantas podem se beneficiar da cooperação entre si. Por exemplo, algumas plantas têm raízes que liberam substâncias químicas benéficas para outras plantas próximas, ajudando no crescimento e saúde das plantas vizinhas. Esse fenômeno é conhecido como alelopatia. Conhecer essas interações pode ajudar a planejar um canteiro de forma que as plantas se complementem e se beneficiem mutuamente.
Ao entender as interações entre as plantas em um canteiro, é possível evitar o plantio de espécies que possam prejudicar umas às outras e promover um ambiente mais saudável para o crescimento delas.
Saiba quais são as plantas que são incompatíveis e seus porquês
samambaias e hostas, não são compatíveis com plantas que requerem sol pleno, como tomates e girassóis. Isso ocorre porque as plantas de sombra geralmente têm folhagens delicadas e não toleram a exposição direta ao sol, enquanto as plantas de sol pleno precisam de luz solar direta para crescerem adequadamente.
Plantas de solo ácido e plantas de solo alcalino: algumas plantas preferem solos ácidos, como azaleias e rododendros, enquanto outras preferem solos alcalinos, como lavandas e erva-doce. Essas plantas não são compatíveis quando plantadas juntas no mesmo canteiro, pois têm necessidades de pH de solo diferentes.
Plantas de diferentes necessidades de umidade: algumas plantas preferem solos úmidos, como lírios-d’água e junco, enquanto outras preferem solos secos, como cactos e suculentas. Plantá-las juntas no mesmo canteiro pode resultar em problemas de crescimento, pois suas necessidades de umidade são diferentes.
Alelopatia: Já ouviu falar em plantas invasoras e competidoras?
Plantas invasoras e competidoras são tipos de plantas que podem ter um comportamento agressivo em um canteiro de plantas (também conhecido como alelopatia), suprimindo o crescimento de outras plantas ao seu redor e prejudicando o desenvolvimento saudável do canteiro como um todo.
As plantas invasoras são plantas que se disseminam rapidamente e podem se estabelecer em áreas onde não são desejadas, competindo com as plantas cultivadas por recursos como luz solar, água, nutrientes e espaço.
Elas podem se reproduzir de forma rápida e eficiente, muitas vezes sufocando o crescimento de outras plantas e prejudicando a diversidade e equilíbrio do ecossistema local. Exemplos de plantas invasoras conhecidas incluem a erva-de-passarinho, a acelga-brava, e a erva-quente.
As plantas competidoras, por outro lado, são plantas que possuem características que lhes conferem uma vantagem competitiva em relação às outras plantas em seu entorno. Isso pode incluir características como um rápido crescimento, alta capacidade de absorção de nutrientes do solo, grande área foliar que sombreia outras plantas, ou liberação de substâncias químicas que inibem o crescimento de outras plantas ao seu redor.
Essas plantas podem suprimir o crescimento de outras plantas próximas, causando desequilíbrio na composição do canteiro e dificultando o crescimento saudável das outras plantas. Exemplos de plantas competidoras conhecidas incluem a gramínea kikuyu, o trevo-branco e o capim-carrapicho.
Planejar o canteiro é fundamental para garantir o bom crescimento e desenvolvimento das plantas. Isso inclui o espaçamento adequado entre as plantas, para que cada uma tenha espaço suficiente para crescer sem competir em excesso por recursos.
É importante também considerar a rotação de culturas, ou seja, não plantar a mesma espécie no mesmo local por várias estações consecutivas, para evitar o esgotamento do solo e a proliferação de doenças e pragas. Assim, todas as suas plantas terão vidas muito mais saudáveis.