Dentro da arquitetura, existem diversas vertentes de trabalho, planejamento, execução e até mesmo linhas de pensamentos que facilitam todos os trâmites. A arquitetura em si faz com que isso aconteça, pois, ainda que seja completamente feita de cálculos, existem questões basilares que demandam teor quase artístico.
Então, quando o arquiteto do século XXI pensa e planeja um ambiente ou uma estrutura, ele faz com que toda a sua base de conhecimentos seja aplicada às soluções definidas e aperfeiçoadas nos últimos anos, como o conforto ambiental dentro da própria arquitetura.
Saiba a definição de conforto ambiental
A definição de conforto ambiental é simples: são características provocadas ou criadas em um ambiente, respeitando estratégias que satisfaçam as necessidades humanas, com técnicas específicas.
Dentro dessa mesma concepção, há três condições pelas quais o conforto ambiental é voltado: são as condições térmicas, lumínicas e acústicas.
Desta forma, é possível imaginar um ambiente de acordo com as três concepções, unindo-as seguindo o projeto arquitetônico de um lugar, interno ou externo, sempre respeitando a usabilidade e a ergonomia para proporcionar condições adequadas, seja para convivência pessoal ou profissional: trabalho, estudo, descanso e lazer.
Veja as características de cada concepção do conforto ambiental.
Conforto térmico
Em um ambiente fechado, o conforto técnico está associado à forma com a qual as pessoas precisam lidar com o que escolheram vestir, o tipo de atividade exercida e a permanência no mesmo espaço sem sentir incômodo. Aliás, o incômodo é antagonista ao conforto.
Neste caso, o conforto técnico é a temperatura regulada a cada tipo de sensação, o que pode ser proporcionado de forma artificial ou natural, de acordo com a proposta arquitetônica do local – ou ausência desta.
Conforto lumínico
A experiência de qualquer pessoa em um espaço, seja ele qual for, interfere diretamente na concepção que se tem de conforto lumínico, pois, de acordo com a iluminação oferecida, seja ela natural ou artificial, existe um olhar diferente sobre o mesmo espaço. Isso indica que a luz faz toda a diferença para que o conforto encontre a experiência da pessoa X, mas que também incomode a pessoa Y.
Como em todas as concepções ligadas ao conforto ambiental, o lado lumínico é definitivo para que uma pessoa encontre o conforto ambiental adequado à utilização de determinado espaço, então, é preciso adequar a luminosidade para os diferentes propósitos, assim como suas cores – luz branca e luz amarela têm indicações distintas.
Conforto acústico
O terceiro item relacionado ao conforto ambiental está diretamente indicado pelo som: o conforto acústico, portanto, é uma expressão que gera sensação de bem-estar para executar o que o ambiente propõe.
Seja para o trabalho ou para a utilização para fins pessoais, cada ambiente demanda um tipo de construção acústica. Isso não significa, porém, que apenas lugares relacionados ao som, como estúdios e salas de aula, precisam deste tipo de atenção, e sim que uma cozinha possui suas características essenciais, um escritório de advocacia ou sala de cinema. É preciso respeitar o conforto acústico de cada lugar.
Como aplicar o conforto ambiental na arquitetura
Com as três concepções nas quais se baseia o conforto ambiental, agora é possível compreender como a arquitetura pode influenciar diretamente na construção de ambientes dentro dos quais elas estejam exercitadas. Porém, é preciso se atentar a um olhar mais analítico, antes de qualquer estratégia ganhar vida.
Isso porque hoje a arquitetura conta com simulações feitas por métodos bastante avançados, cujos propósitos são demonstrados através de análise computacional. Cada característica do projeto é trazida à tona, e através de sua primeira concepção os diferentes tipos de confortos ambientais podem ser propiciados e, também, corrigidos.
Há, por sua vez, um olhar específico: o conforto ambiental integrado, no qual a arquitetura faz, em suas mesmas análises computacionais, projetos que tornem a luminosidade, a acústica e a temperatura itens integrados, que estejam sustentados por um projeto que converse suas diferentes características para um mesmo propósito.
Portanto, é essencial acompanhar todas as tratativas relacionadas ao conforto ambiental, determinando suas vertentes e transformando necessidades em oportunidades solucionadas. Ao uni-lo à arquitetura, criou-se uma linha de pensamento inteligente, sustentável e humana, exatamente o que os tempos atuais demandam tanto de seus profissionais arquitetos, quanto da população.
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