Somos 7 bilhões de habitantes no mundo – um boom populacional que avançou em poucas décadas e demandou espaço, planejamento e muitos recursos naturais. Para termos noção de quanto crescemos rapidamente: em 1804, o mundo tinha 1 bilhão de habitantes – para esse montante dobrar, foram necessários 123 anos (marca atingida em 1927). Com isso, veio a necessidade de mudar a maneira de pensar projetos em àreas urbanas com a construção sustentável.
Agora, em menos de 30 anos, o mundo ganhou mais dois bilhões de pessoas (5 bilhões em 1987 para os atuais 7 bilhões atuais). Esse aumento, concentrado em áreas urbanas, fez com que precisássemos repensar a forma como moramos e vivemos. E, em um planeta tão cheio, não é mais possível construir sem pensar em agredir menos o meio ambiente.
Construções que levam em conta esse conceito de forma ampla dentro de um projeto são reconhecidas com a Certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, que é utilizado em 143 países.
Na avaliação (o nível da certificação é definido conforme a quantidade de pontos), são consideradas sete dimensões diferentes: espaço sustentável (que encoraja estratégias que minimizem o impacto ambiental na construção e aborda temas sensíveis aos grandes centros urbanos, como diminuição do uso de carro e ilhas de calor); eficiência do uso de água (com foco na redução e racionalidade no consumo); energia e atmosfera (eficiência energética com ações simples e inovadoras); materiais e recursos (preferir materiais de baixo impacto ambiental, como recicláveis, e reduzir a geração de resíduos); qualidade ambiental interna (baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, conforto térmico e qualidade do ar); inovação e processos (busca e conhecimento sobre construções ambientalmente corretas), e créditos de prioridade regional (incentiva créditos definidos como prioridade regional para cada país).
As construtoras e empresas que buscam conquistar a Certificação Leed conseguem fazer empreendimentos que respeitam o meio ambiente e diminuem o impacto na cidade, já que as medidas promovem uma implantação consciente e ordenada, além de reduzirem o consumo de água, emergia e resíduos.
Os benefícios, porém, vão além: há ganhos econômicos, pela diminuição de custos e risco e pela valorização do imóvel, e também sociais, já que a saúde dos trabalhadores e ocupantes é priorizada.
As medidas adotadas promovem, ainda, aumento do senso de comunidade, conscientização dos trabalhadores, e estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável. Todas as etapas para a certificação podem ser vistas no site da GBC Brasil. Fontes: Green Building Council Brasil e Fundação Getúlio Vargas.
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