A construção civil é um setor conhecido por gerar uma alta quantidade de resíduos e poluição, além de consumir quantidades enormes de energia e recursos naturais. Assim como em outros setores da economia, a construção civil deve alinhar práticas sustentáveis às suas atividades, garantindo que o desenvolvimento econômico agrida menos o meio ambiente ao utilizar recursos naturais de forma inteligente – para que não se esgotem no futuro.
Entre as diversas ações que o setor pode tomar para tornar sua atividade mais sustentável está a utilização de produtos reciclados. Assim, materiais que seriam descartados como lixo são agregados novamente à cadeia produtiva – o que reduz a quantidade de resíduos gerados – e garante a utilização de menos recursos naturais finitos.
A PlastPrime – indústria brasileira de plásticos inteligentes – é pioneira no reaproveitamento de embalagens longa vida para a produção de pisos. A tecnologia criada pela empresa recupera o polímero dessas embalagens e o utiliza em uma série de seus produtos, transformando, por exemplo, plástico em piso permeável e drenante.
Por que embalagens longa vida?
As embalagens longa vida ou cartonadas são constituídas de camadas de papel, plástico e alumínio e amplamente utilizadas pela indústria de alimentos por proteger o conteúdo contra umidade, variações de temperatura, luminosidade, odores externos, impedirem a proliferação de microrganismos e manterem o odor característico do alimento dentro da embalagem.
Por serem compostas de materiais distintos, criou-se um mito em relação à possibilidade de reciclá-las. Sua reciclagem supostamente seria complicada devido à dificuldade de separar o plástico do papel e do alumínio, tornando o processo custoso e inviável. Embora muitas pessoas fiquem em dúvida na hora de separar caixas longa vida como material reciclável, esse mito não tem fundamento. Tanto que, em 2015, mais de 59 mil toneladas de embalagens longa vida foram recicladas, o que representa uma taxa de reciclagem de 21%.
Segundo a CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem, associação dedicada a incentivar a reciclagem dentro do conceito do gerenciamento integrado de lixo – a previsão é que essa taxa aumente nos próximos anos em função do aumento das iniciativas de coleta seletiva e pelo desenvolvimento de novos processos tecnológicos.
Transformando plástico em piso permeável
Pisos permeáveis ou drenantes possibilitam o escoamento da água para o solo, descongestionando as redes pluviais e evitando enchentes. Por isso, garantir a permeabilidade do solo em áreas externas é um fator importantíssimo no planejamento urbano. Os pisos podem ser empregados para áreas externas em locais de uso comum e residenciais, e são aplicados diretamente sobre areia, pedra ou gram, impedindo a compactação do solo. Assim, quando chove, a água escoa lentamente para os lençóis freáticos, sem criar poças.
A PlastPrime aplica a tecnologia que transforma plástico em piso permeável para produzir diversos materiais, próprios para situações especificas, como:
- O Paver Plástico, que é utilizado em calçadas, passeios e ciclovias;
- A Estrutura Permeável, que pode ser usada em telhados verdes e garagens;
- O Deck Modular Plástico, utilizado em áreas de piscina em jardins.
Certificação Sustentável
O uso de materiais que transformam plástico em piso permeável pode ser especialmente interessante para empreendimentos que buscam a certificação LEED – Liderança em Energia e Design Ambiental – ou a AQUA – Alta Qualidade Ambiental.
Benefícios financeiros
O aspecto financeiro é outra vantagem da utilização de materiais que transformam plástico em piso permeável. Os custos são menores em relação aos materiais tradicionais, tanto em curto como em longo prazo. Os pisos provenientes da transformação de plástico têm baixo índice de manutenção, seus custos de transporte são consideravelmente menores, já que são mais leves que os materiais tradicionais de concreto, além de ser altamente resistentes e duráveis.
E você, já conhecia a técnica que transforma plástico em piso permeável através da reciclagem de embalagens longa vida? Sabia que a tecnologia é brasileira? Se você ficou com alguma dúvida sobre o processo de fabricação ou utilização desses materiais, deixe um comentário e até a próxima.